Veja frases marcantes de Oscar Niemeyer
Aos 100 anos, descreveu-se como 'um homem sem nada de extraordinário'.
Arquiteto gostava de falar sobre obras e nunca sobre saúde ou morte.
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O arquiteto Oscar Niemeyer, que morreu na noite desta quarta-feira (5), aos 104 anos no Rio de Janeiro, gostava de falar sobre sua paixão pelo trabalho e pelas obras que construiu pelo país.
Segundo o médico Fernando Gjorup, que cuidou do arquiteto por mais de 15 anos, Niemeyer trabalhou durante a internação e, às vésperas de completar 105 anos, em 15 de dezembro, conversava com a equipe dele sobre novos projetos.
O arquiteto só perdeu a consciência na manhã de quarta-feira (5), após ser sedado, disse o médico.
"Ele não gostava de falar sobre a saúde dele, mas sabia que já tinha passado da metade da vida. Ele nunca falou sobre morte, só falava em viver. A equipe médica tinha esperança, mas havia a fragilidade de um senhor de 104 anos”, disse Gjorup.
O arquiteto só perdeu a consciência na manhã de quarta-feira (5), após ser sedado, disse o médico.
"Ele não gostava de falar sobre a saúde dele, mas sabia que já tinha passado da metade da vida. Ele nunca falou sobre morte, só falava em viver. A equipe médica tinha esperança, mas havia a fragilidade de um senhor de 104 anos”, disse Gjorup.
Ao completar 100 anos, em entrevista a Geneton Moraes Neto na TV Globo, Niemeyer explicou como escreveria um verbete sobre si mesmo em uma enciclopédia.
"Diria que é um ser humano como outro qualquer – que nasceu, viveu e morreu. Sou um homem comum – que trabalhou como todos os outros. Passou a vida debruçado sobre uma prancheta. Interessou-se pelos mais pobres. Amou os amigos e a família. Nada de especial. Não tenho nada de extraordinário. É ridículo esse negócio de se dar importância", respondeu o arquiteto na ocasião.
"Diria que é um ser humano como outro qualquer – que nasceu, viveu e morreu. Sou um homem comum – que trabalhou como todos os outros. Passou a vida debruçado sobre uma prancheta. Interessou-se pelos mais pobres. Amou os amigos e a família. Nada de especial. Não tenho nada de extraordinário. É ridículo esse negócio de se dar importância", respondeu o arquiteto na ocasião.
Veja abaixo algumas frases marcantes de Niemeyer.
Paixão pelo desenho
"Eu tinha 5, 7 anos e ficava desenhando com o dedo no ar. Minha mãe perguntava: 'menino, o que você está fazendo'? Estou desenhando. Eu gosto de desenhar figuras. Eu faço uma escultura, eu desenho no ar. Eu faço um desenho e construo ele no ar"
Em entrevista à Globo News, em 2008.
Projeto de um estádio para a Copa de 2014
"Eu vou ia seguir o conselho de João Saldanha. O estádio tem que ser mais vertical, para aproximar o público mais do campo. Ia ser bonito, ia ser confortável. Tem que criar uma surpresa, tem que ter emoção e ser uma obra de arte"
Em 2007, ao completar 100 anos, em entrevista a Geneton Moraes Neto para o "Fantástico"
Paixão pelo desenho
"Eu tinha 5, 7 anos e ficava desenhando com o dedo no ar. Minha mãe perguntava: 'menino, o que você está fazendo'? Estou desenhando. Eu gosto de desenhar figuras. Eu faço uma escultura, eu desenho no ar. Eu faço um desenho e construo ele no ar"
Em entrevista à Globo News, em 2008.
Projeto de um estádio para a Copa de 2014
"Eu vou ia seguir o conselho de João Saldanha. O estádio tem que ser mais vertical, para aproximar o público mais do campo. Ia ser bonito, ia ser confortável. Tem que criar uma surpresa, tem que ter emoção e ser uma obra de arte"
Em 2007, ao completar 100 anos, em entrevista a Geneton Moraes Neto para o "Fantástico"
Comunismo"Fui sempre um revoltado. Da família católica eu esquecera os velhos preconceitos, e o mundo parecia-me injusto, inaceitável. Entrei para o partido comunista, abraçado pelo pensamento de Marx que sigo até hoje"
Em 2006
Em 2006
Conjunto da Pampulha
"Era um protesto que eu levava como arquiteto, de cobrir a igreja da Pampulha de curvas, das curvas mais variadas, essa intenção de contestar a arquitetura retilínea que então predominava"
Sobre a obra construída em Belo Horizonte
"Era um protesto que eu levava como arquiteto, de cobrir a igreja da Pampulha de curvas, das curvas mais variadas, essa intenção de contestar a arquitetura retilínea que então predominava"
Sobre a obra construída em Belo Horizonte
Curvas
"Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo"
Sobre o Copan, prédio construído em 1951 no centro de São Paulo
"Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu país. No curso sinuoso dos sentidos, nas nuvens do céu. No corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o universo"
Sobre o Copan, prédio construído em 1951 no centro de São Paulo
A vida"A vida é um sopro, um minuto. A gente nasce, morre. O ser humano é um ser completamente abandonado..."
Em entrevista à BBC Brasil, em 2001
Solidariedade
"A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade”
Sobre a ajuda aos pobres, em entrevista em 2007
Em entrevista à BBC Brasil, em 2001
Solidariedade
"A vida não é justa. E o que justifica esse nosso curto passeio é a solidariedade”
Sobre a ajuda aos pobres, em entrevista em 2007
Dinheiro
"Meu avô, que foi ministro do Supremo Tribunal, morreu sem um tostão. Achei bonito ele morrer assim. Já disse que teria vergonha de ser um homem rico. Considero o dinheiro uma coisa sórdida"
Brasília
“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria surgir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre”
Sobre o projeto piloto para a construção da capital do país, em 1956.
"Meu avô, que foi ministro do Supremo Tribunal, morreu sem um tostão. Achei bonito ele morrer assim. Já disse que teria vergonha de ser um homem rico. Considero o dinheiro uma coisa sórdida"
Brasília
“Nós começávamos a imaginar quando é que Brasília iria surgir. De repente, aparecia uma mancha azul no horizonte. Ela ia crescendo. Depois apareciam os contornos e começávamos a dizer: ali é o Teatro, lá é o Congresso, a Torre. Brasília surgia como num passe de mágica, um milagre”
Sobre o projeto piloto para a construção da capital do país, em 1956.
Medo de avião
"Valeu a pena vir até do Rio de Janeiro a Brasília de carro, era quase uma obrigação vir aqui"
Em 2008, ao viajar mais de 11 horas para ir do Rio a Brasília, aos 101 anos, de carro
Projetos de igrejas
"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor"
Agosto de 2011, ao lançar o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer"
Sambódromo
"O Sambódromo é uma obra que quase dispensa explicação. Tem uma avenida central, que tem 700 metros e tem uma arquibancada dos dois lados. Então o importante é que funcione bem, que a visibilidade seja perfeita"
Em entrevista à TV Globo
Centenário
"Cem anos é uma bobagem, depois dos 70 a gente começa a se despedir dos amigos. O que vale é a vida inteira, cada minuto também, e acho que passei bem por ela"
Em 2007, em entrevista aos 100 anos
Arquitetura
"O que nós queremos na arquitetura, com a mudança na sociedade, não é nada especial. As casas de luxo serão menores. Os grandes empreendimentos urbanos, os cassinos, os teatros, os museus. Tudo isso será maior ainda porque todos deles poderão participar. Não basta fazer uma cidade moderna. É preciso mudar a sociedade"Em entrevista ao Jornal da Globo, em 2007
Traços
"Faço arquitetura que me agrada, uma arquitetura ligada às minhas raízes e ao meu país”
Em 2007, aos 100 anos
Diferença
"Minha preocupação sempre é fazer uma coisa diferente, que provoque surpresa"
Pessimismo
"Sou pessimista diante da idéia de que o homem, quando nasce, já começa a morrer, como notou Jean Paul Sartre. Mas, na vida, caminhamos rindo e chorando o tempo todo: é preciso, então, aproveitar o lado bom da vida, usufruir o melhor possível e aceitar os outros como eles são. Sempre digo: o importante é o homem sentir como é insignificante, é o homem olhar para o céu e ver como somos pequeninos. Ultimamente, no entanto, tenho me espantado como a inteligência do homem é fantástica! Tenho conversado sobre astronomia. Como é imprevisível o que ele pode criar!"
Em 2007, em entrevista à TV Globo
"Valeu a pena vir até do Rio de Janeiro a Brasília de carro, era quase uma obrigação vir aqui"
Em 2008, ao viajar mais de 11 horas para ir do Rio a Brasília, aos 101 anos, de carro
Projetos de igrejas
"As pessoas se espantam pelo fato de, mesmo sendo comunista, me interessar pelas igrejas. E a coisa é tão natural. Eu morava com meus avós, que eram religiosos. Tinha até missa na minha casa. E eu fui criado num clima assim. Esse passado junto da família me deixou com a ideia de que os católicos são bons, que querem melhorar a vida e fazer um mundo melhor"
Agosto de 2011, ao lançar o livro "As igrejas de Oscar Niemeyer"
Sambódromo
"O Sambódromo é uma obra que quase dispensa explicação. Tem uma avenida central, que tem 700 metros e tem uma arquibancada dos dois lados. Então o importante é que funcione bem, que a visibilidade seja perfeita"
Em entrevista à TV Globo
Centenário
"Cem anos é uma bobagem, depois dos 70 a gente começa a se despedir dos amigos. O que vale é a vida inteira, cada minuto também, e acho que passei bem por ela"
Em 2007, em entrevista aos 100 anos
Arquitetura
"O que nós queremos na arquitetura, com a mudança na sociedade, não é nada especial. As casas de luxo serão menores. Os grandes empreendimentos urbanos, os cassinos, os teatros, os museus. Tudo isso será maior ainda porque todos deles poderão participar. Não basta fazer uma cidade moderna. É preciso mudar a sociedade"Em entrevista ao Jornal da Globo, em 2007
Traços
"Faço arquitetura que me agrada, uma arquitetura ligada às minhas raízes e ao meu país”
Em 2007, aos 100 anos
Diferença
"Minha preocupação sempre é fazer uma coisa diferente, que provoque surpresa"
Pessimismo
"Sou pessimista diante da idéia de que o homem, quando nasce, já começa a morrer, como notou Jean Paul Sartre. Mas, na vida, caminhamos rindo e chorando o tempo todo: é preciso, então, aproveitar o lado bom da vida, usufruir o melhor possível e aceitar os outros como eles são. Sempre digo: o importante é o homem sentir como é insignificante, é o homem olhar para o céu e ver como somos pequeninos. Ultimamente, no entanto, tenho me espantado como a inteligência do homem é fantástica! Tenho conversado sobre astronomia. Como é imprevisível o que ele pode criar!"
Em 2007, em entrevista à TV Globo
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