terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Poema de Eduardo de Paula Barreto: ALMA DE POLÍTICO



ALMA DE POLÍTICO

Como conseguem dormir tranquilos
Aqueles insensíveis indivíduos
Que roubam o dinheiro do povo
E discursam verdadeiras bravatas
Usando caros ternos e gravatas
Protegidos pelo privilegiado foro?

Unidos pelo nefasto objetivo
De despojar do povo sofrido
Tudo o que possível for
Se reúnem em tribos
De verdadeiros bandidos
Sem compaixão nem pudor.

Degustam o caro caviar
Enquanto crianças a definhar
Morrem subnutridas
Viajam de avião
Enquanto a população
Fica nos ônibus espremida.

Usam para o seu prazer
O dinheiro que deveria ser
Empregado para o bem comum
São hábeis e convincentes oradores
Que pregam importantes valores
Dos quais eles não têm nenhum.

Me dá nojo ver estes homens
Que não valem o que comem
Caminharem no parlamento
Chegando e indo embora
Com lindas roupas do lado de fora
E com almas podres do lado de dentro.

Eduardo de Paula Barreto


Eduardo de Paula Barreto - São Paulo, Brazil

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