sábado, 24 de março de 2012

PAÍS DO PRESENTE



Quem nas décadas passadas
Gozava de vida abastada
Não percebeu a mudança radical
Pela qual o Brasil passou
E o quanto melhorou
Trazendo mais igualdade social.

A classe mais favorecida
Dirigia feliz da vida
Porque não havia trânsito caótico
Isto acontecia simplesmente
Porque o brasileiro carente
Nem sonhava em ter carro próprio.

Nos Shopping Centers
Estacionava-se facilmente
E os ricos visitavam a grande tela
Enquanto a população pobre
Se contentava com um pagode
E com outro capítulo da novela.

Os aeroportos eram restritos
Ao público mais rico
Poucos viajavam de avião
Enquanto o coitado do povo
Viajava como carga de porco
Que se aperta no caminhão.

Só tinha rico nos restaurantes e hotéis
Repletos de sofisticados coquetéis
Com drinks para o endinheirado degustar
E o resto da população
Enfiava mortadela no pão
E comia em qualquer lugar.

A elite falava ao celular
E para esnobar
Pendurava o aparelho na cintura
E o já sofrido povão
Tinha que encarar o orelhão
Em filas que davam tontura.

O rico tinha computador
O pobre sentia até dor
Teclando nas máquinas de escrever
Enquanto o rico já estava lendo
O pobre estava se contorcendo
Tentando os erros esconder.

Hoje o pobre tem carro
Frequenta restaurantes caros
E fica nas filas dos aeroportos cheios
Carregando um celular na cinta
E antes do voo à Miami fica
No notebook enviando e-mails.

Para as pessoas privilegiadas
O Brasil não mudou nada
Ou se mudou foi para pior
Mas para os menos favorecidos
O Brasil ficou mais bonito
E viver ficou muito melhor.

Olhe ao redor e reflita
O que tem nas casas ricas
Também tem nos casebres
O Brasil virou País do presente
Agora somos uma forte corrente
Não deixemos que nenhum elo se quebre.

Eduardo de Paula Barreto
www.opoetizador.com




 Eduardo de Paula Barreto


Nenhum comentário:

Postar um comentário