quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Salve Jorge diz pouco sobre tráfico de pessoas, afirma ministra



MINISTRA 27/02/2013

Salve Jorge diz pouco sobre o tráfico de pessoas, afirma ministra

Três ministros participaram ontem do lançamento do 2º Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que prevê a criação de 10 novos postos para atendimento a vítimas, localizados nas fronteiras do Brasil
A ministra da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci, afirmou sobre o mostrado na telenovela Salve Jorge, da Rede Globo de Televisão, abordando o tráfico de mulheres, que “é muito pouco”. Segundo ela, a situação é “muito mais grave e preocupante”. Eleonora participou ontem, em Brasília, com os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, do lançamento do 2º Plano de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, que prevê a criação de 10 novos postos para atendimento a vítimas, localizados na fronteira do Brasil com outros países. 

O plano prevê ainda a capacitação de agentes de segurança pública. De acordo com dados divulgados pelo Ministério da Justiça, em seis anos, a Polícia Federal instaurou 157 inquéritos e indiciou 381 pessoas relacionados ao tráfico internacional de pessoas para exploração sexual. Os informes integram o primeiro relatório sobre o tema produzido em conjunto pela Polícia Federal, o Ministério da Justiça e a Organização das Nações Unidas (ONU).

O conteúdo é a respeito de casos ocorridos entre 2005 e 2011. Segundo esse dossiê, menos da metade dos crimes investigados levou à prisão dos responsáveis pelo tráfico de pessoas. No mesmo período, 158 pessoas foram presas. “Deveria ser um processo distribuído para cada inquérito. No caso dos inquéritos de tráfico internacional realizados pela PF e dos processos distribuídos no poder judiciário, funciona na razão de dois para um”, revelou o secretário nacional de Justiça do Ministério da Justiça, Paulo Abrão.

Para o ministro da Justiça, é preciso alterar as legislações vigentes. Um projeto de lei prevê mudanças na tipificação de tráfico de pessoas, hoje restrito ao aspecto sexual. “É um tema que ganhou a sociedade”, disse Cardozo. Ele disse ainda que um problema ainda mais importante é a falta de denúncia, resultado da vergonha ou do medo das vítimas. “Nós precisamos conscientizar a sociedade de que as informações têm que chegar ao Poder Público porque, sem essas informações, não temos como abrir inquérito”. (da Folhapress)

Por quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Um dos problemas relacionados aos tráfico de pessoas, é que os aliciadores são muito próximos das vítimas. Por não serem estranhos, acabam ganhando a confiança dessas pessoas para agirem.



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